domingo, 22 de junho de 2008

Marcas que podem valer ouro


Meio que tardiamente, permitam-me dar o meu parecer sobre uma categoria que anda mexendo muito com as minhas ideias: CAFÉ.
Confesso que recentemente parei para observar o movimento de grandes empresas em favor dessa "commodity" conseguindo agregar valor de uma maneira impressionante.
Primeiro destaco o caso da Nescafé: "cAFÉ PRA TODAS AS HORAS, PARA TODOS OS MOMENTOS, DE TODOS OS JEITOS". Num país como o Brasil, onde o consumo de café é o espresso na padaria à um valor quase que simbólico, a gigante Nestlé passa então a se comportar como a mediadora de uma ligação entre o rápido e gostoso com Nescafé. Os videos veiculados no Brasil começam a ser responsáveis em divulgar a maneira de como Nescafé deve ser preparado. Porque é um fato:"Você sabe fazer Nescafé pra ele ficar gostoso?" Se você não sabe, a Nestlé ensina.
Chequem esse video no youtube .
Vale a pena checar o que fizeram nos EUA. Percebam que café deixa de ser tradição propriamente dito, para ser bebida de socialização, algo que aqui no Brasil ainda não funciona, pois o consumo está enraizado na nossa cultura como um consumo pontual.
Um movimento bem interessante que vem acontecendo é o aparecimento de cafés como Santo Grão, Starbucks, Havanna... A proposta deles é a mesma: "café com estilo".
São marcas que hoje no Brasil estão começando a se estabilizar.
A Starbucks tem uma missão interessante que é a de recuperar lucros, já que com uma "tiny" mudança de parar de moer café na frente do cliente e reduzir quadro de funcionários deu uma estremecida no seu brand equity. Nada que não possa ser reparado, já que é uma das 10 marcas mais importantes dos EUA.
E no Brasil a coisa tem que acontecer. Eu me senti instigada à entrar em uma de suas lojas e o que eu vi eu já "sabia". Pessoas lendo, usando os seus notes, socializando em um ambiente agradável... Isso é Starbucks: Estilo de vida.
A Havanna é a maior ameaça que a Starbucks tem hoje no Brasil (digo isso pq não é Fran's Café que vai tirar a glória de uma Starbucks, até pq possuem posicionamentos distintos). A Havanna tem uma coisa que a Starbucks não tem: ALFAJORES, DOCE DE LEITE... Mas ainda assim não tem o que a Starbucks tem: estilo próprio.
A brincadeira está gostosa de beber, gostosa de comer... vamos ver quem vai abocanhar essa fatia de consumidores AB, loucos por estilo... e loucos por café.
Bjs!